O objetivo do blog é divulgar os dispositivos alternativos na rede de Saúde Mental e propagar a ideia da luta antimanicomial. A partir da democratização da psiquiatria, os profissionais de saúde mental visam trabalhar de forma interdisciplinar no âmbito do novo contexto da psiquiatria renovada.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

5 tratamentos psiquiátricos bizarros que caíram em desuso

Matéria da revista Super Interessante mostra  tratamentos psiquiátricos que caíram em desuso. 

Até que se entendessem as doenças mentais, muita coisa absurda já foi feita para dar um jeito nos loucos. De choque térmico por infecção pelo protozoário da malária (!) a perfurações no crânio (ambos tendo rendido o Prêmio Nobel a seus criadores!), listamos 5 “tratamentos” bizarros já usados para curar males psiquiátricos.

1 - Infecção po malária
2 - Terapia por choque insulínico
3 - Trepanação
4 - Lobotomia
5 - Mesmerismo

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

SAÚDE MENTAL: A DESINSTITUCIONALIZAÇÃO PSIQUIÁTRICA E O ENCARGO SOBRE AS FAMÍLIAS


 É de conhecimento de todos que a área de Saúde Mental experimentou ao longo dos anos 80, e mais particularmente na entrada da década de 90, transformações substanciais com o avanço do movimento pela Reforma Psiquiátrica. Não apenas as discussões sobre o reconhecimento da cidadania do louco lograram aparição pública, deixando de ser um tema de interesse circunscrito a profissionais progressistas da área para envolver usuários, familiares dos serviços psiquiátricos e a população em geral, como também a implantação de programas e serviços de portas abertas (tais como CAPS, NAPS, hospitais-dias, enfermarias de curta internação) mostraram ser possível um outro tipo de intervenção sobre a loucura que não fosse estigmatizante, cronificante e, sobretudo, que não reafirmasse a exclusão social dos loucos.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Saúde Mental e uso de entorpecentes

Depois de ler a nova portaria nº. 2.841 de setembro de 2010 do Ministério da Saúde, que institui no âmbito do SUS os Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e outras Drogas - 24 horas - CAPS ad III, comparo essa decisão brasileira com outra iniciativa na França e na Alemanha, sobre a criação de salas seguras para o consumo de drogas, também conhecida como Narcosalas.

Segue a reportagem completo do blog Sem Fronteiras, do jurista e professor Wálter Fanganiello Maierovitch.

1. Em post de 16 de agosto passado foi comentada a resistência do governo Nicolas Sarkozy, como acontecera no do socialista François Mitterrand, em aprovar, no campo da saúde pública, a instalação de salas seguras (na Europa chamadas de narcossalas) para uso de drogas proibidas.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

ALGUMAS LIMITAÇÕES NO TRABALHO COM A FAMÍLIA DE BAIXA RENDA - Parte 2

No dia-a-dia da abordagem com a família, vários riscos permeiam a atuação do profissional. O primeiro é ele se dispor a fazer um trabalho com a família sem o devido preparo teórico-metodológico e ético. Nesse sentido, ele pode se sentir como “doutor em família”, por ter vivido e sofrido a vida toda a influência das relações familiares. Desse modo, “naturalmente”, pode acreditar que entende de família.

A ação conjunta de dois ou mais profissionais de diferentes categorias também pode trazer problemas. Se todos não tiverem preparo mínimo e maturidade, podem reproduzir conflitos que a família vivencia. Podem entrar em um jogo de disputa por competência ou para angariar a simpatia da família.

domingo, 19 de setembro de 2010

Lançamento do livro Karl Marx e Subjetividade Humana - Eduardo Mourão Vasconcelos

Marcelle, prazer tê-la como aluna e amiga. (assim na dedicatória)

Léa, prof. Rita Vasconcelos, eu e Lili representando a graduação da UFRJ.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

ALGUMAS LIMITAÇÕES NO TRABALHO COM A FAMÍLIA DE BAIXA RENDA

Trabalhar com famílias de baixa renda implica lidar com várias limitações, decorrentes sobretudo de dupla estigmatização: a de serem pobres, em uma sociedade que só recentemente, depois da Constituição de 1988, reconheceu formalmente os pobres como cidadãos detentores de direitos; e de terem em seu meio um portador de transtorno mental, enfermidade carregada de imagens de periculosidade e incapacidade.

O deslocamento do familiar/cuidador até o serviço assistencial psiquiátrico, no geral, é complicado para esse segmento social, tendo em vista suas dificuldades econômicas, que o obrigam muitas vezes a andar a pé ou de bicicleta. Contudo, grupalizar os familiares cuidadores parece ser uma estratégia interessante, por propiciar a troca de experiências e mostrar que é possível conviver com o portador de transtorno mental de diferentes maneiras. Se, por um lado, os familiares cuidadores podem ser homogeneizados em sua condição de vida e na forma como enfrentam os desafios cotidianos, por outro lado há muita riqueza nos encontros.

domingo, 15 de agosto de 2010

Desinstitucionalizar é ultrapassar fronteiras sanitárias: o desafio da intersetorialidade e do trabalho em rede

Nos últimos anos é visível como a reforma psiquiátrica vem avançando no país, desde discussões mais afinadas acerca dos fundamentos históricos e conceituais da proposta de reforma em curso, até a análise crítica de seus principais dispositivos de intervenção, das conquistas e dos impasses que trabalhadores, gestores, usuários e familiares têm enfrentado no sentido de fazer avançar processos de desinstitucionalização requeridos, mas não garantidos, pelo aparato jurídico/estrutural da legislação vigente.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Programa A Liga (Band): A saúde mental no Brasil

Nesta última terça-feira, 03 de agosto, o programa A liga exibido pela TV Band relatou um cenário sobre a saúde mental no Brasil. O programa é apresentado pelo Rafinha Bastos, jornalista e comediante também atuante no CQC, Débora Villalba, jornalista e modelo, o músico e ator Thaíde e a atriz Rosanne Mulholland.

A SAÚDE MENTAL NO PAÍS


quinta-feira, 22 de julho de 2010

Arthur Bispo do Rosário - 50 anos na Colônia Juliano Moreira (RJ)


Arthur Bispo do Rosário perambulou numa delicada região entre a realidade e o delírio, a vida e a arte. Na tentativa de seguir passos e pistas, também eu (autora Luciana Hidalgo) peregrinei nessa estrada. E muitas vezes deixei-me perder no labirinto de bispo. O que dizer de um homem internado em um hospício do subúrbio carioca durante quase 50 anos, tido como louco que um dia seria celebrado como artista em exposições internacionais? A biografia de ator bispo do Rosário mistura fragmentos que ora se encaixam ora se estranham.

Colar pedaços desse mundo foi uma serie de achados e perdidos. Quis saber mais sobre Arthur Bispo do Rosário, o homem por trás do artista e do esquizofrênico-paranóico diagnosticado pela psiquiatria. Procurei o cidadão brasileiro, ex-marinheiro e pugilista, eleitor e trabalhador. Investiguei impressões digitais, registros policiais, documentos, prontuários médicos. Deparei com a boa vontade de fontes e esbarrei na memória fraca do país. Resultado: as pegadas de Bispo surgem e desaparecem numa seqüência de altos e baixos.

domingo, 18 de julho de 2010

Poesias de um morador da longa permanência


FICO A ESPERAR

Às vezes entristeço meu coração, mas logo vem a alegria. Solidão lá fora, na noite faz frio, ao pensar no meu passado. Mas logo a alegria chega e mais me alegra meu coração. Digo eu: “nem tudo está perdido, outro dia virá”.

Penso eu, nunca é tarde para conquistar tudo de bom: paz, saúde, alegria e felicidade. Nada como um dia de hoje e de manhã que pertence a Deus. A alegria chegará. A vida é curta e passageira. A esperança nunca morre. Amar e viver, sofrer não. Felicidade sim.


AMOR

Naquela rua mora um anjo com quem vivo a sonhar
Olho a rua não te vejo, amor que me faz brilhar
Jasmim morena, uma flor de amor cheirosa
Quero com você estar, amor
Onde está?
A noite fico só, sentindo esse amor
Falta do amor que perdi
Aurora traz de volta...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A Longa Permanência Hospitalar e os caminhos da desinstitucionalização.


Inserida em campo de estágio há um ano e meio trabalhando com usuários de longa permanência do Hospital Psiquiátrico em Jurujuba - Niterói - tenho refletido e pensado a respeito dos trabalhos, projetos terapêuticos e os novos rumos da desinstitucionalização no contexto da Reforma Psiquiátrica.

 Fazendo um balanço desde o movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental  na década de 70, no fortalecimento do MNLA (Movimento Nacional de Luta Antimanicomial) e,  principalmente, o importante projeto de Lei  em 2001, a Lei 10216, um marco no âmbito da Reforma Psiquiátrica, é inegável os avanços e as conquistas nesse sentido. Graças  ao fortalecimento dos movimentos sociais e às próprias demandas dos trabalhadores da Saúde Mental por uma psiquiatria mais democrática e práticas menos segregadoras é que a atual configuração da Reforma Psiquiátrica se direciona para o encerramento dos leitos psiquiátricos e avanço na lógica da atenção e do cuidado no território.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

IV Conferência Nacional de Saúde Mental - Brasília

As Conferências de Saúde são fundamentais para a construção democrática das políticas públicas do Sistema Único de Saúde. A Saúde Mental já realizou três conferências setoriais, que produziram importantes deliberações que têm subsidiado a Política Nacional de Saúde Mental. 

A primeira conferência foi realizada em 1987, no esteio da VIII Conferência de Saúde (1986), marco histórico na construção do SUS. A segunda, ocorrida em 1992, foi inspirada em outro marco histórico para o campo da saúde mental, a Conferência de Caracas (1990), que em reunião dos países da região, definiu os princípios para a Reestruturação da Assistência Psiquiátrica nas Américas. Já a terceira conferência aconteceu em 2001, ano em que foi aprovada a Lei 10.216, que trata dos direitos das pessoas com transtornos mentais e reorienta o modelo assistencial em saúde mental, na direção de um modelo comunitário de atenção integral. A III Conferência teve especial importância para impulsionar a Política Nacional de Saúde Mental, sobretudo com o respaldo da lei federal.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

IV Conferência Estadual de Saúde Mental - Intersetorial do Rio de Janeiro

De 11 a 13 de junho de 2010 será realizada a IV Conferência Estadual de Saúde Mental - Intersetorial Rio de Janeiro - na Uerj.

PROGRAMAÇÃO DA IV CONFERËNCIA ESTADUAL DE SAÚDE MENTAL – INTERSETORIAL DO RIO DE JANEIRO 

11/06/2010 (Sexta-feira) 

sábado, 5 de junho de 2010

I Encontro Estadual de Serviço Social e Saúde Mental e II Seminário Uerj de Serviço Social e Saúde Mental

Saúde Mental e Atenção Psicossocial: 
trabalho e formação para um novo modelo de cuidado em Saúde Mental

Prof. Marco José Duarte (FASSO/UERJ) e também do blog Saúde Mental e Atenção Psicossocial na UERJ.

Prof. José Augusto Bisneto (ESS/UFRJ)
Ao lado do meu orientador em monografia e Professor de Prática Profissional em Saúde Mental.Orgulho-me muito  da minha formação

Após horas de debate, pausa para o almoço. Na mesa A Social Cintia e as estagiárias do CAPS AD Niterói, eu e Melissandi do Hosp Psiq. em Jurujuba e Beatriz do CAPS Adulto.

 Eu (Hosp. Psiq. Jurujuba) e Helisa (CAPS AD) representando os estudantes da UFRJ no encontro.

 No debate Prof Erimaldo Nicácio e Prof. Eduardo MourãoVasconcelos (ESS/UFRJ), Prof. AS Conceição Maria (CRESS-RJ) e Prof. Marco José Duarte (FASSO/UERJ).

sábado, 29 de maio de 2010

Desinstitucionalização e suas práticas práticas cotidianas. Parte 2


Na tentativa de criar algumas estratégias de superação dos manicômios, a legislação brasileira instituiu serviços substitutivos, que devem ser inseridos na rede de saúde mental de cada município. Entre esses serviços, estão ações de Saúde Mental na atenção básica, leitos em hospitais gerais, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), residências terapêuticas e centros de cooperativa e convivência.

Para acompanhar a primeira parte CLIQUE AQUI.

A residência terapêutica é uma moradia para ex-internos de hospitais psiquiátricos que não possuem mais vínculos familiares, ou para as quais esses vínculos são insuportáveis, e, por isso, não teriam onde morar. Segundo a psicóloga Cristiane Knijnik (CRP 05/39275), que trabalha com essas residências no município de Paracambi, não há um modelo padronizado, pois, em cada caso, uma nova forma pode ser criada. “As residências terapêuticas são inexplicáveis e é por isso que elas são bacanas. Elas são para isso mesmo, para inventarmos sempre uma nova maneira de morar”.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Abaixo-Assinado: À Comissão Organizadora da IV Conferência Nacional de Saúde Mental - Intersetorial:

Destinatário: ivconferencia.ms@saude.gov.br

Rio de Janeiro, 24/05/2010
À Comissão Organizadora da IV Conferência Nacional de Saúde Mental - Intersetorial,
a/c do Presidente da IV CNSM
Dr. Pedro Gabriel Delgado
c/c para Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Saúde
Sra. Rozangela Camapum

É com profunda preocupação com o desenrolar do processo de construção e de organização da Conferência Estadual de Saúde Mental do Rio de Janeiro que os Trabalhadores de Saúde Mental vêm, através deste documento, denunciar sérios acontecimentos que estão colocando em risco a realização de uma Conferência Estadual democrática, transparente e representativa. As irregularidades vão se somando sem que esteja sendo possível um retorno à legalidade, e chegamos agora ao ponto de pedir à Comissão Organizadora da Conferência Nacional de Saúde Mental - Intersetorial a verificação dessas irregularidades e a possibilidade de operacionalizar uma mediação no andamento da Conferência Estadual de Saúde Mental do Rio de Janeiro.

sábado, 22 de maio de 2010

18 de maio de 2010 na Cinelânida - RJ - Dia Nacional da Luta Antimanicomial

Dr. Paulo Amarante e eu. Todos juntos na luta antimanicomial


Por uma sociedade sem manicômios!

Bloco Loucura Suburbana

Bloco Tá Pirando, Pirado, Pirou - Pinel



Desinstitucionalização e suas práticas práticas cotidianas. Parte 1

Ao longo dos séculos , os chamados "loucos" foram vistos de formas diferentes em cada sociedade. Na Modernidade, passou a predominar  a ideia de que essas pessoas em sofrimento psíquico deveriam ser afastadas do convívio social, pois representariam um risco à sociedade e a si mesmas. Essa mentalidade fez parte de um projeto higienista de segregação de tudo o que era estranho pelos padrões identificados como normais.

   Ao longo do tempo , este projeto ganha força científica e legitima a internação como método de assistência em saúde mental. Essa assistência vai mostrando seus resultados  e seu principal efeito colateral: o esquecimento  e o abandono dessa população. Assim, cada vez mais, os loucos são afastados do convívio social e a loucura encarcerada em grande s e sinistras instituições.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Cachaça Cinema Clube - Sessão a favor da luta antimanicomial (19 de maio)


Nesta quarta-feira, 19 de maio de 2010, será exibida uma sessão de curtas-metragens a favor da luta antimanicomial no Cinema Odelon Petrobras. As entradas custam R$ 12 (inteitra) e R$ 6 (meia)e o cinema fica localizado na Praça Floriano, nº7, na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. As sessões serão iniciadas a partir de 21h.

A loucura, em verdade, não existe. É uma construção social que vem se transformando através dos séculos, reveladora dos instrumentos disciplinares e controladores disponíveis. Forjando limites para sua "existência" e "ausência", a razão então afirma-se como instituição de poder.

Dia 18 de Maio - Dia Nacional da Luta Antimanicomial

O Movimento Nacional da Luta Antimanicomial surgiu no final da década de 1980 e esse ano completa seus 30 anos. Construido à partir de uma articulação entre profissionais de saúde, estudantes, usuários dos serviços de saúde mental, familiares e movimentos sociais, o MNLA, que surgiu em Bauru-SP, vem se consolidando a cada ano e expandindo sua atuação por todo o país.

Nesses árduas anos de luta, alguns avanços foram feitos, como por exemplo a Lei Paulo Delgado (2001) que define os parâmetros da Reforma Psiquiatrica, bem como a constituição da Rede Internúcleos, que organiza o movimento nas diveras localidades do país, considerando as diferenças regionais e as demandas emergencias, nunca perdendo de vista a sua palavra de ordem "Por uma Sociedade Sem Manicômios".

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Portaria dos Centros de Atenção Psicossocial e suas falhas

Com certeza o sistema de saúde mental pública não está garantindo os direitos legítimos dos ex-pacientes psiquiátricos e pacientes psiquiátricos, sem dúvida a lei 10216 não está sendo cumprida, como tenho mostrado aqui frequentemente.

Mas e a portaria dos CAPS? O governo e os gestores de saúde mental estão mantendo os CAPS de acordo com a Lei?

sábado, 15 de maio de 2010

15 de Maio - Dia do Assistente Social

Vídeo produzido em 2010 pelo Conjunto CFESS-CRESS em comemoração ao 15 de maio, dia do/a Assistente Social, com o tema "Trabalho Com Direitos, Pelo Fim da Desigualdade".



Dica do blog do NEPS/UERJ.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Hospício a céu aberto. Parte 2


Alguns desses indivíduos, como o príncipe Obá, chegaram a alcançar uma invulgar notoriedade em que viveram. Castro Urso, por exemplo, foi um vendedor de bilhetes de loteria: doido caricato, muito feio e desajeitado, era frequentemente retratado nas folhas ilustradas do período. Emiliano, outro personagem desse tipo, tinha especial habilidade de imitar com a garganta o som de instrumentos de sopro e ruídos mecânicos. Era o que ele fazia nas ruas todo o tempo. Sua imitação de locomotiva era especialmente apreciada: valheu-lhe o apelido de Estrada- de -Ferro e até um contrato para realizar a sonoplastia no espetáculo teatral Viagem à roda do mundo, encenado com grande sucesso na Corte. 

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Hospício a céu aberto. Parte 1


Leitores de velhos romances do século XIX encontram com relativa facilidade, personagens encerrados pelas próprias famílias em porões ou sótãos escuros. Mais frequentemente, aparecem mulheres que perderam o juízo em decorrência de episódio traumático, cuja revelação costuma conter a trava da trama. Tais livros dizem algo importante sobre a forma pela qual a loucura era vista e enfrentada naquele tempo: em primeiro lugar, algo que pertencia exclusivamente à esfera da razão- "delusões", perda de comunicação ou, por vezes, "furores" que tornavam a convivência social problemática.Trancafiar os dementes era a solução possível pra quem habitasse casarões senhoriais, com criados discretos  e dedicados. Para a maioria das famílias, porém, os loucos eram mantidos livres, em convivência com a vizinhança ou entregues à própria sorte. Sua presença nas ruas do RJ do século XIX foi amplamente descrita por médicos e cronistas de costume da corte imperial.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

18 de maio na Cinelândia - Participe!


O dia 18 de maio é uma importante data para a sociedade, pois celebramos o Dia Nacional da Luta Antimanicomial.

 Foi um movimento, dentre outros, que fez parte da reforma psiquiátrica e que contribuiu para conquista da Lei 10.216 que busca consolidar uma mudança do modelo assistencial e garantir o acesso de todos ao tratamento.

Todos os anos nesta data a TV Pinel realiza intervenções em praças públicas, com objetivo de sensibilizar a população, de uma forma geral para as questões da loucura.

Este ano a TV Pinel junto com o CRP-RJ e a Escola Nacional de Saúde Pública – FIOCRUZ estão preparando um Show-ato no dia 18 de maio de 2010 na Cinelândia de 15 às 19 horas. 


Adicione nos comentários o evento de sua cidade.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Documentário: A casa dos mortos

Indicado pelo grupo de Saúde Mental na Uerj, o documentário "A casa dos mortos" relata o Manicômio Judiciário de Salvador. A antropóloga Débora Diniz, diretora do filme, ressalta o polêmico tema dos manicômios judiciários como o grande desafio da Reforma Psiquiátrica Brasileira. 

O FILME: Bubu é um poeta com doze internações em manicômios judiciários. Ele desafia o sentido dos hospitais-presídios, instituições híbridas que sentenciam a loucura à prisão perpétua. O poema A Casa dos Mortos foi escrito durante as filmagens do documentário e desvelou as mortes esquecidas dos manicômios judiciários. São três histórias em três atos de morte. Jaime, Antônio e Almerindo são homens anônimos, considerados perigosos para a vida social, cujo castigo será a tragédia do suicídio, o ciclo interminável de internações, ou a sobrevivência em prisão perpétua nas casas dos mortos. Bubu é o narrador de sua própria vida, mas também de seu destino de morte. 

domingo, 25 de abril de 2010

Outras histórias da psiquiatria (Diário de Campo - Residência Terapêutica em Niterói)


Assim que cheguei à casa fui apresentada aos moradores da Residência Terapêutica.  Quase todos estavam presentes, era bem cedo e surpriendi-me com uma recepção muito boa. No início, não sabia como abordá-los. Ás vezes sentia-me deslocada por não saber o que dizer. Então pensei logo de início acompanhá-los  durante as refeições. Deu certo (risos) as conversas que surgiam eram as mais imprevisíveis, aos poucos, eles ficavam mais à vontade em compartilhar as histórias de suas vidas comigo. 

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Abrasme: resposta ao jornal Folha de São Paulo

 No dia 12/04/2009, foi publicado no Jornal Folha de São Paulo artigo do escritor Ferreira Gullar intitulado "Uma lei errada: campanha contra a internação de doentes mentais é uma forma de demagogia".O autor critica o processo de desinstitucionalização no Brasil e cita como um desastre o movimento antimanicomial em Bolonha, na Itália.

Surpreende o baixo nível utilizado pela autor até com xingamentos. Chama de "cretino" o Deputado Paulo Delgado e declara a Lei da Reforma Psiquiátrica (Lei 10.216/01) como um processo imbecíl, um erro. Vindo do Jornal Folha de São Paulo, há de desconfiar se é apenas uma ignorância por parte do autor ou mais uma manipulação do conteúdo jornalística atendendo interesses escusos.


Segue o artigo abaxo: 


sexta-feira, 9 de abril de 2010

Trabalho: prazer ou sofrimento?

No cotidiano, o trabalhador engolido pela labuta, rotinas e modelos, nem ao menos percebe que está sendo capturado pelos resultados de processos mais globais da sociedade como a instantaneidade, a velocidade, a multiplicidade, a visibilidade e a serialidade.

Acelerado, fatigado, consumista, sem tempo para refletir, na luta contra o relógio, com compromissos múltiplos e simultâneos, cada trabalhador com sua história de vida e sua forma de ser, vivencia sua própria experiência de trabalhar.

terça-feira, 6 de abril de 2010

FILME: A ilha do medo (Shutter Island)

Está em cartaz o filme A ilha do medo. A história se passa em 1954 e começa com a chegada dos detetives Teddy Daniels  (Leonardo DiCaprio) e Chuck Aule (Mark Ruffalo) na Shutter Island, onde se encontra o inescapável Hospital Psiquiátrico Ashecliffe, um manicômio destinado unicamente para doentes mentais que cometeram crimes graves, em sua maioria assassinatos. A dupla de investigadores está incumbida de solucionar um estranho, e aparentemente impossível, desaparecimento de um desses pacientes. Em meio a muita burocracia imposta pelos manda-chuvas da instituição e uma forte tempestade que castiga o local, os rumos da operação tomam caminhos tortuosos, revelando que as aparências quase sempre enganam.

sábado, 3 de abril de 2010

Serviço Social e Saúde Mental. Parte 3

Dando continuidade ao texto Serviço Social e Saúde Mental segue abaixo a terceira parte da tese de Doutorado do Professor José Augusto Bisnetto. Para acompanhar a parte 1 CLIQUE AQUI e a parte 2 CLIQUE AQUI.

Na psiquiatria renovada a ruptura do convívio social se constitui como parte do problema do usuário, e não apenas efeito colateral do seu problema, como pensa a psiquiatria tradicional. Na nova psiquiatria, de forma duplamente justificada,a atuação do Serviço Social se dá como

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Serviço Social e Saúde Mental. Parte 2


 Segue a continuidade do texto Serviço Social e Saúde Mental extraído do livro do professor da ESS/UFRJ José Augusto Bisnetto. Para quem não acompanhou a primeira parte CLIQUE AQUI.

Raramente o Serviço Social intervém em problemas sociais do usuário quando estes  não apresentam relações diretas com o tratamento psiquiátrico ou com reabilitação psicossocial. Em nossa pesquisa constatamos que o Serviço Social, quando possui os recursos necessários (tempo, verba, local etc.), contempla esses "outros problemas”, não por demanda do usuário ou das diretrizes de sua própria profissão. Afortunadamente, novos rumos da psiquiatria reformada apontam para a junção da assistência psiquiátrica com a assistência social.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A indústria da loucura

Hoje segue um ótimo texto do médico psiquiatra Julius Martins Teixeira, que por vários anos presidiu a Associação dos Fincionários da Colônia Juliano Moureira. Em texto publicado no site A Nova Democracia, o médico denuncia a loucura a serviço dos poderosos e lançará um livro sobre o aspecto da reforma psiquiátrica no Brasil cujo título será Reforma Psiquiátrica e Neoliberalismo.

domingo, 28 de março de 2010

Serviço Social e Saúde Mental . Parte 1

O Serviço Social atua em diversos programas e projetos nas instituições psiquiátricas e sua prática tem se modificado em função das transformações pelas quais tem passado à assistência psiquiátrica no Brasil. A pluralidade de sua atuação remete a uma complexidade que torna potencialmente contraditória. Além disso, nem sempre os programas do estabelecimento psiquiátrico têm sua homogeneidade.

As instituições psiquiátricas, em geral, não dão resposta à demanda global do paciente, aos seus problemas na totalidade. No caso dos transtornos psíquicos, vários aspectos interferem no bom andamento do restabelecimento mental e não são tratados pela psiquiatria; daí outros profissionais são acionados. Quando certos aspectos do problema global situam-se na área social, O Serviço Social é chamado a atuar. Porém, podemos observar que no Movimento de Reforma psiquiátrica a problematização teórica e o leque de programas vão além da assertiva acima.

terça-feira, 23 de março de 2010

Relato de uma paciente do Caps


 USUÁRIA DA CAPS:

Marcelle sou usuária do Caps Davi Capstranio Filho em Aracaju/Se e visitei o seu blog e gostei muito do pouco que eu li.

Pergunto a você: O que eu faço para denunciar o meu tio XXXXX que insiste que eu vá para uma casa de recuperação evangélica aqui no interior (em Itaporanga d'ajuda) dizendo que é pra eu ser curada, mas as verdadeiras intenções dele são outras?

quarta-feira, 17 de março de 2010

Tabagismo e Transtornos Psiquiátricos


Recente estudo publicado pela USP revela a forte relação do tabagismo e portadores de transtornos mentais. Segundo os pesquisadores, o tabagismo parece melhorar a cognição, o humor e a ansiedade por uma multiplicidade de efeitos reforçadores e a abstinência de nicotina pode exacerbar todos estes sintomas. A abstinência nicotínica também pode agravar alguns transtornos psiquiátricos, levar à recaída e aumentar os níveis sangüíneos de muitos medicamentos.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Benefício de Prestação Continuada - BPC


O Benefício de Prestação Continuada – BPC/LOAS é um direito garantido na Constituição Federal de 1988 e tem amparo legal na Lei Lei 10.741, de 1º de outubro de 2003, que institui o Estatuto do Idoso. O valor pago do benefício consiste em 1 salário mínimo mensal a pessoas com 65 anos de idade ou mais e a pessoas com deficiência incapacitante para a vida independente e para o trabalho. Além disso, em ambos os casos a renda per capita familiar seja inferior a ¼ do salário mínimo.

Compete ao Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome (MDS) sua gestão, acompanhamento e avaliação. A operacionalização do BPC fica a cargo do Instituto Nacional da Previdência Social (INSS) e os recursos para custeito do benefício provêm do Fundo Nacional da Assistência Social (FNAS).

sábado, 13 de março de 2010

Modelo de Projeto Terapêutico para Caps

Conforma solicitado por leitores do blog, tenho um modelo de projeto terapêutico para Caps. Abaixo segue uma cópia do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da UFRGS implantado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

Projeto Terapêutico Adulto Caps II

1. INTRODUÇÃO Os CAPS representam estruturas terapêuticas intermediárias entre a hospitalização integral e o acompanhamento ambulatorial, que se responsabilizam por atender indivíduos com transtornos psiquiátricos graves, desenvolvendo programas de reabilitação psicossocial. Entende-se por reabilitação psicossocial a possibilidade de reverter um processo desabilitador através do aumento da contratualidade social do indivíduo com o mundo.
Desde agosto de 2000 funciona, em prédio anexo ao HCPA, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) constituído na modalidade CAPS II, conforme a Portaria 336 de 19 de fevereiro de 2002, credenciado em outubro de 2002.
A assistência é prestada a uma população adulta com transtornos mentais graves e persistentes, causadores de importante grau de desabilitação, ou seja, limitação ou perda de capacidade operativa. O atendimento abrange regime intensivo, semi-intensivo e não intensivo.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Economia Solidária: oficinas de geração de renda

É sabido que as oficinas de geração de renda ajudam na reabilitação dos pacientes com transtornos mentais inserindo-o novamente no mundo social. Paulo Amarante (1997) já dizia que a proposta atual de oficinas sugere estratégias que buscam inserção dos pacientes, a partir de métodos que capacitam os portadores a criar, produzir e vender os produtos que desenvolvem.

Além disso, as oficinas são criadas para que as portadores de transtornos mentais possam transformar suas competências em fonte de renda. Tem um cunho social, sendo utilizada como ferramenta de formação de pacientes com ou sem benefícios, para que eles iniciem seu processo de crescimento e mobilidade social de forma prática e autônoma.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Barbacena: cidade dos loucos (Parte 3)

Uma das histórias mais pavorosas conta que era prática corrente no hospital o método de “desencarnar” os mortos, o que consistia em colocá-los em tonéis com ácido para tirar-lhes a carne e vender os esqueletos às faculdades de medicina. Muitos internos participavam dessa função, “desencarnando” seus colegas mortos e muitas faculdades de medicina, em todo o Brasil, compravam os cadáveres de Barbacena para abastecer seus laboratórios de anatomia.

terça-feira, 9 de março de 2010

Cursos Gratuitos na UniverSUS


Se você é, ou pretende ser, um profissional da área de saúde, principalmente se lida no dia a dia com os sistemas desenvolvidos pelo DataSUS, precisa conhecer o UniverSUS, um programa amparado pelo DataSUS e Ministério da Saúde que capacita os servidores da saúde à distância. Os cursos são sempre focados no ambiente do Sistema Único de Saúde (SUS). Você ainda pode compartilhar trabalhos e idéias através de um ambiente colaborativo. Aproveite a dica! 

Barbacena: cidade dos loucos (Parte 2)

Em seu auge o hospital chegou a abrigar cerca de 5.000 moradores, os quais chegavam de todos os cantos do Brasil, apinhados em um trem que parava na frente dos pavilhões. Esse sinistro e terrível veículo ficou conhecido como “Trem de Doido”. 

segunda-feira, 8 de março de 2010

Barbacena: cidade dos loucos (Parte 1)

Barbacena situa-se na Serra da Mantiqueira, a 169 km da capital mineira e conta hoje cerca de 124.600 habitantes.

Esse município de clima ameno de montanha, com temperaturas médias baixas para os padrões brasileiros, recebeu a alcunha de “Cidade dos Loucos” durante longos anos. Esse título foi recebido em função dos sete hospitais psiquiátricos que abrigou. A justificativa técnica para a instalação de tantos manicômios no mesmo território deve-se à antiga crença, defendida por alguns médicos da época, de que o clima de montanha era salutar para os que carregavam doenças nervosas. Nesse clima, os loucos ficariam menos arredios e, supostamente, facilitariam o tratamento.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Oficinas Terapêuticas: Casa Viva Vida

Este projeto é um relato de uma práxis de oficinas terapêuticas com os usuários do programa de saúde mental do Centro de Saúde de Cândido Mota, realizado em conjunto ao Departamento de Psicologia Clínica da UNESP- Assis. As atividades foram iniciadas em 1998 e destinadas aos usuários adultos do programa, sem crises agudas, com ou sem  história de internações psiquiátricas. As atividades de oficinas contêm um potencial terapêutico, que pode provocar em seus participantes, a circulação da palavra, troca de afetos e de experiência de vida, possibilitando a expressão e a comunicação. Nelas prioriza-se as potencialidades  e a reinserção social dos usuários. 

quarta-feira, 3 de março de 2010

A oficina de salão de beleza

Essa oficina consiste na apropriação de um "salão de beleza" montado dentro da instituição, na enfermaria feminina, com material de doações. Nela, os estagiários realizam o cuidado da aparência das pacientes: fazem suas unhas, lavam e penteiam seu cabelo, etc. Em geral, as pacientes gostam desse universo feminino e identificam-se com ele, com batons, esmaltes, espelhos, escovas e secadores de cabelo, maquiagem...

terça-feira, 2 de março de 2010

O Serviço Social e as Residências Terapêuticas


Primeiramente, o trabalho do assistente social, juntamente com uma equipe (psicólogos e cuidadores sociais), é introduzir os moradores no social. No que é uma casa, no que são as ruas, os bairros, a cidade. Padaria, mercado, cinema, teatro, comprar roupas, relógios, almoçar fora. Todas essas atividades, que são tão corriqueiras, precisam ser construídas, mais ainda, precisam de tempo para isso. Tempo de cada um, tempo de trabalho. O simples fato de um morador pedir algo – o processo de sair e comprar cada coisa que se pede -, precisa de um tempo para ser construído. Nesse processo, ocorrem empecilhos, combinações que não se cumprem, até acontecer a saída.

segunda-feira, 1 de março de 2010

O cotidiano nas Residências Terapêuticas


Há algo específico no cotidiano de uma Residência Terapêutica que sempre nos remete a uma tensão: é casa ou não? É casa, pois o telefone toca, a campainha toca, a vizinha reclama, o gato da vizinha pula para a casa, a vizinha desvia água, e em aniversários os vizinhos estão presentes. Mas existe cuidador, coordenadora, estagiários. Os moradores não pagam conta de telefone, aluguel e nem luz. O que se sabe é a única coisa que não pode ser: manicômio. Talvez a base de todo trabalho nas RT’s residam nesse ponto, onde identificam-se os limites e impasses seja com os moradores ou com a equipe.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Serviços Residenciais Terapêuticos - SRT


A desinstitucionalização e efetiva reintegração de portadores de sofrimentos mentais na comunidade é uma tarefa a que o SUS vem se dedicando com especial empenho nos últimos anos. Juntamente com os programas De Volta Para Casa e Programa de Reestruturação dos Hospitais Psiquiátricos, o Serviço Residencial Terapêutico (SRT) vem concretizando as diretrizes de superação do modelo de atenção centrado no hospital psiquiátrico.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A Privatização da Rede Pública é ineficiente e injusta

A Lei das Organizações Sociais (OSs) recentemente aprovada em SP é duplamente questionável. Atualiza a velha polêmica sobre o processo de "terceirização" da gestão que acompanha a transferência de responsabilidades sanitárias para organizações privadas e filantrópicas que não necessariamente dispõem de portfólios que comprovem inequívoca superioridade em termos de eficiência administrativa e qualidade assistencial. E acrescenta a "novidade" de autorizar o setor público a vender serviços ao setor privado (25% da capacidade instalada). Trata-se de um "detalhe" que fere o SUS estruturalmente, uma ameaça de “desuniversalização” do SUS, que não pode ser encarada como artefato ingênuo, acionado para incrementar receitas.

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